Etarismo no Mercado de Trabalho: Uma Realidade em Números e Desafios para o Futuro

O mercado de trabalho está passando por transformações significativas, e o etarismo, ou seja, a discriminação por idade, tem se tornado um tema cada vez mais relevante. Uma pesquisa recente da Human8 com a Provokers, realizada em 17 países, incluindo o Brasil, revelou que 8 em cada 10 pessoas se preocupam com o futuro de suas carreiras, especialmente em relação à idade.

Essa preocupação não é infundada. O censo de 2022 mostrou um aumento significativo no envelhecimento da população brasileira, com a idade média subindo de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022. Esse dado é alarmante, especialmente quando comparado a pesquisas como a da Ernst & Young e da agência Maturi, que apontam que 78% das empresas brasileiras se consideram etaristas e possuem barreiras para a contratação de pessoas acima de 50 anos.

A Realidade do Etarismo em Números

Em São Luís, os dados do Painel Mídia e Consumo 2023 revelam que a população acima de 40 anos é economicamente ativa e representa um importante segmento de consumidores. Com alta penetração em meios de comunicação como TV (85%), internet (83%) e redes sociais (76%), esse grupo demonstra interesse em diversos produtos e serviços. De acordo com a pesquisa, 18,21% das pessoas acima de 40 anos pretendem comprar uma casa nos próximos 12 meses, enquanto 20,84% planejam adquirir um carro. Além disso, 13,49% dos entrevistados estudam ou têm algum dependente cursando ensino superior, o que indica um potencial mercado para instituições de ensino.

No entanto, o etarismo pode estar limitando as oportunidades de emprego para essa parcela da população. A pesquisa da IDados revela que 1,4 milhão de pessoas acima de 50 anos estão desempregadas no país, um número considerável e preocupante.

Os Impactos do Etarismo na Economia e na Sociedade

O etarismo não afeta apenas os indivíduos que sofrem discriminação, mas também a economia e a sociedade como um todo. A perda de talentos experientes e a falta de diversidade geracional nas empresas podem prejudicar a inovação e a competitividade. Além disso, o desemprego entre pessoas mais velhas pode levar à redução da contribuição previdenciária e aumentar a pressão sobre os sistemas de saúde e assistência social.

Enfrentando o Etarismo: Desafios e Soluções

Para combater o etarismo, é fundamental mudar a mentalidade das empresas e da sociedade em relação ao envelhecimento. É preciso valorizar a experiência e o conhecimento dos profissionais mais velhos, oferecendo oportunidades de desenvolvimento e progressão de carreira. Além disso, é importante criar políticas de diversidade geracional, que promovam a inclusão e a colaboração entre diferentes faixas etárias.

Em São Luís, as empresas podem aproveitar o potencial do mercado consumidor acima de 40 anos, investindo em produtos e serviços que atendam às necessidades e desejos desse público. Com base nos dados do Painel Mídia e Consumo 2023, as empresas podem direcionar suas estratégias de marketing e vendas para esse segmento, oferecendo soluções que atendam às suas demandas por moradia, automóveis e educação. Ao mesmo tempo, é importante garantir que as oportunidades de emprego sejam acessíveis a todas as idades, combatendo o etarismo e promovendo a diversidade geracional no ambiente de trabalho.

O etarismo é um problema complexo e multifacetado, que exige ações conjuntas de empresas, governos e sociedade civil. É preciso garantir que todas as pessoas, independentemente da idade, tenham acesso a oportunidades de emprego, desenvolvimento e participação social. Somente assim será possível construir um futuro mais justo e inclusivo para todos.

Para mais informações sobre o mercado de São Luís e o comportamento do consumidor, acesse o site midiaeconsumo.com.br. Parte das informações estão disponíveis gratuitamente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *